A Polícia Civil investiga a morte de um homem de 24 anos, identificado nesta sexta-feira (21), que era tio do menino de dois anos internado em estado grave no Hospital Nossa Senhora das Graças, em Canoas, vítima de estupro e intoxicação por cocaína. O suspeito foi encontrado morto com múltiplos disparos de arma de fogo e calças abaixadas, um dia após ter sido sequestrado em sua residência.
A vítima do homicídio era suspeita, juntamente com o pai do menino, de ter drogado e abusado do sobrinho. Horas após a criança ser hospitalizada na última terça-feira, o suspeito foi rendido por cinco homens armados dentro de sua casa, no bairro Olaria, em Cachoeirinha, e forçado a entrar em um veículo.
Seu corpo foi encontrado na manhã do dia seguinte, por volta das 9h15min, na Estrada Antônio José do Nascimento, no Distrito Industrial, em uma área de divisa de municípios da Região Metropolitana.
O homem foi alvejado por sete disparos de pistola calibre 9 milímetros, munição de uso restrito. O fato de ter sido encontrado de bruços e com as calças abaixadas levanta a suspeita de que ele possa ter sido vítima de violência antes da execução. Até o momento, a polícia não tem testemunhas do crime.
O menino vítima do abuso permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). De acordo com o último boletim médico, seu estado de saúde é considerado grave, porém estável. Exames confirmaram a presença de sêmen e vestígios de cocaína em seu organismo.
O pai da criança foi preso em flagrante. Ele teria confessado informalmente o crime à Brigada Militar, mas posteriormente negou as acusações à Polícia Civil.
A mãe do menino segue em liberdade, mas é investigada pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Canoas como suspeita de envolvimento. Ela alegou aos investigadores que o filho passou mal enquanto estava com o pai.
Os pais da criança também são alvo de um segundo inquérito policial por suspeita de abuso de vulnerável contra outra vítima.
As autoridades policiais concentram esforços na apuração tanto do crime de estupro e intoxicação da criança quanto na elucidação do sequestro e execução do tio, levantando a possibilidade de um acerto de contas relacionado ao abuso cometido contra o menor.
Fonte: Correio do Povo, edição Quedas do Iguaçu em FOCO

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